Por quantas vezes me lembro daquele menino rebelde. Aquele menino cheio de vida, de olhos brilhantes e sorriso traquina, que mal eu entrava no seu espaço se fazia notar.
Ainda o vejo rodopiar à minha volta vezes sem conta, qual
fada Sininho em volta do Peter Pan. A saltar na cama. A chamar o meu nome:
“Leonor, Leonor! Olha! Já viste o jogo que eu tenho? Queres jogar comigo?” (e o
sorriso aparecia).
Porque te abracei eu tarde demais?
Devia ter-te abraçado logo ali, num dos teus rodopios
sobre o meu eixo.
Devia ter corrido atrás de ti. Ter-te apanhado firme com as
minhas mãos, e rodopiado contigo nos meus braços.
Devia ter-te beijado a testa
e apertado contra o peito.
Devia ter-te protegido logo ali, de todas as pessoas que
mais tarde te negligenciaram;
De todas as que não te souberam amar;
De todas as que te deixaram assim, quebrado…
Meu bem, perdoa-me.
Abracei-te tarde demais. Que parva sou….
A vida cria estas traquinices e troca-nos as voltas sabes? Quantas e quantas vezes levamos encontrões desta vida não é? Mas acabará por passar.
ResponderEliminarPosso deixar-te um abraço caloroso?
Beijinho grande
Tou vazia de palavras, mas esse abraço é tudo o que preciso.
EliminarBeijinho enorme