domingo, 6 de janeiro de 2013

Abracei-te tarde demais...







































Por quantas vezes me lembro daquele menino rebelde. Aquele menino cheio de vida, de olhos brilhantes e sorriso traquina, que mal eu entrava no seu espaço se fazia notar.
Ainda o vejo rodopiar à minha volta vezes sem conta, qual fada Sininho em volta do Peter Pan. A saltar na cama. A chamar o meu nome: “Leonor, Leonor! Olha! Já viste o jogo que eu tenho? Queres jogar comigo?” (e o sorriso aparecia).

Porque te abracei eu tarde demais?

Devia ter-te abraçado logo ali, num dos teus rodopios sobre o meu eixo. 
Devia ter corrido atrás de ti. Ter-te apanhado firme com as minhas mãos, e rodopiado contigo nos meus braços.
Devia ter-te beijado a testa e apertado contra o peito.

Devia ter-te protegido logo ali, de todas as pessoas que mais tarde te negligenciaram;
De todas as que não te souberam amar;
De todas as que te deixaram assim, quebrado…

Meu bem, perdoa-me.
Abracei-te tarde demais. Que parva sou….   

2 comentários:

  1. A vida cria estas traquinices e troca-nos as voltas sabes? Quantas e quantas vezes levamos encontrões desta vida não é? Mas acabará por passar.
    Posso deixar-te um abraço caloroso?
    Beijinho grande

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    1. Tou vazia de palavras, mas esse abraço é tudo o que preciso.
      Beijinho enorme

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